Embora as danças e os cantos populares no Nordeste tenham
marcas de expressão próprias, como o uso de instrumentos musicais diferentes ou
de letras com motivos e temas ligados às textualidades culturais do lugar, eles
atravessam limites, fronteiras geográficas, podendo se cruzar em uma festa de
rua a qualquer momento.
Os traços identitários da cultura no Brasil podem estar
se mostrando nos movimentos indígenas, europeus ou africanos, constituem assim
a base que alimenta nossas tradições.
O caráter lúdico das coreografias ou até eróticas, são
apresentadas em diversas expressões, como nas quadrilhas, sambas ou cocos geralmente,
onde pode ser apresentado em forma de roda, onde os participantes dançam
sozinhos ou em pares no centro do círculo, revezando com outros dançadores,
fazendo a sua performance no ritmo.
Os instrumentos como pandeiro, ganzá, chocalho e zabumba são
apreciados nas danças, mas podem ou não estar presentes, não impossibilitando,
portanto, a sua realização. A improvisação também é marcante no samba de roda.
Uma caixa de fósforo, pedaços de madeira ou até um prato com garfo serve para
animar a brincadeira, além das palmas e das batidas de pé.
Tratando-se da dança do coco, para José Aloísio Vilela, ela
nasceu
em Alagoas, “na medida em que se relaciona com as práticas culturais dos negros
do Quilombo dos Palmares, hoje região inserida no Estado de Alagoas” (AYALA,
2000, p. 28).
A tese do pesquisador baseia-se na informação de que
surgiu como canto de trabalho, em decorrência de os negros partirem o coco seco
na pedra sob o acompanhamento musical.
Temos na Paraíba, a pessoa de Jackson do Pandeiro, que
faz nesse ano - 2019, um centenário, como um grande divulgador desse ritmo.
Participando de uma entrevista, o mesmo declarou que: “O
coco é o pai do negócio. Se você pega um cavalo-marinho e chama no
pé-da-conversa, também é coco; Baião, choro... qualquer coisa. Portanto, o coco
é a base de toda a criação musical nordestina” (apud ROBERTO, 1999, p.
3).
A declaração de Jackson tem seu fundo de verdade, se a
tomarmos como explicação para a variedade e a recorrência do coco em grande
parte do litoral e do interior nordestinos, convivendo num mesmo contexto com
outras danças e cantos ou a eles se incorporando, numa troca incessante de
elementos rítmico-melódicos e simbólicos.
Do
Projeto
O projeto leva ao desenvolvimento
de atividades culturais seja ela na parte da dança ou da música, na ECI Lyceu
Paraibano. Esperamos contar com a participação de alguns alunos que estão
matriculados nessa ECI e que já fazem parte de algum grupo de dança de coco de
roda, onde haverá uma parceria significativa durante a realização das oficinas.
Através da dança coco de roda, será proporcionado um resgate da dança
popular, onde os alunos poderão entender um pouco sobre a cultura em nosso
estado.
Local; ECI – Lyceu Paraibano
Ano: 2019
Local: Av. Getúlio Vargas –
Centro - João Pessoa - Paraíba
Algumas fotos sobre o Projeto:
1. O professor explicando as etapas do projeto
2. O grupo alongando para aprender os primeiros passos da dança chamada Coco de Roda
3. Os primeiros passos gerando sorrisos e despertando curiosidades!!
4. Em fila, ensaiando a coreografia Vai tirar coco Manuel!!
5. Apresentação final do projeto